Lançado em nosso mercado no começo da década passada, o Sentra pode não ter tido a melhor aceitação de sua categoria, mas não se pode negar que é persistente. Sua marca não poupou esforços nele para agradar o consumidor brasileiro, e considerando que as atuações da Nissan se firmaram no Brasil há poucos anos, é possível afirmar que ele conseguiu sim certo êxito, sem dúvida. Ele já faz parte da paisagem de nossas ruas, mas está prestes a dar um passo bastante importante. Seu antes-e-depois se explica com o texto deste artigo.
A primeira aparição deste carro no Brasil se fez ainda na geração anterior, que em sua história era a quinta. Mas era fácil de ver que se tratava de um carro asiático do começo dos anos 2000 pela falta de personalidade das linhas. Era um sedã confortável e eficiente, mas suas linhas lhe faziam parecer pequeno, sem chamar a atenção. Ele vendeu bem pouco nesse momento, mas a questão era que com isso a Nissan começava a introduzir seu carro em nosso mercado; isso permitiria que a geração seguinte chegasse já com a boa reputação de ter certo histórico no país, em vez de uma imagem de “newcomer” e afastar os clientes mais conservadores, que formam a maioria do público dos sedãs médios no Brasil. Um fato curioso, porém, é que o Sentra atual chegou focando justamente neles mas com um ponto de vista diferente: sua campanha buscava fugir do estereótipo de que sedã médio precisa ser sóbrio demais com o slogan “não é carro de tiozão”. A exploração dessa ideia se justificou pelo desenho do carro, que agora entrava nas tendências de linhas mais retas e angulosas típicas dos carros ocidentais de sua época (vide Chevrolet Vectra 3, Fiat Stilo e Renault Mégane 2), além de várias outras vantagens.
Entretanto, nem o projeto moderno, produção brasileira, espaço farto ou trem-de-força eficiente permitiram ao Sentra superar a falta de tradição da marca em carros urbanos por aqui. Foi uma pena que sua excelente aceitação por parte da imprensa especializada não tenha se refletido nas vendas, mesmo com tantas qualidades. Sua situação piorou a partir de 2010, com a forte investida das rivais ao trazer modelos do nível de Peugeot 408, Renault Fluence e os novos Honda Civic e VW Jetta, que deixaram o sedã japonês ainda mais combalido. Foi quando ele começou a apostar em séries especiais, seja focando em esportividade com a SR, em luxo com a Unique ou em tecnologia com o pacote Black Mask. Sua novidade de agora é justamente outra edição limitada, mas agora com um gosto especial: a Nissan nunca vai admitir, mas com o Sentra ganhando uma nova geração no resto do mundo, que outro propósito teria a Special Edition senão fazer a despedida da antiga? A lista de itens parte da versão S e adiciona itens como bancos e volante em couro, câmera de ré, chave inteligente I-Key, rodas de liga leve aro 15” e sistema de som multimídia Rockford Fosgate, com touchscreen de 4,3”, amplificador e conexão Bluetooth – as diferenças para a versão SL, de topo, são a falta do teto solar e dos quatro airbags adicionais. O motor é o mesmo 2.0 16v de 143 cv e usa o câmbio CVT, saindo por R$ 62.040.
0 comentários:
Postar um comentário