Mais um mês se inicia e a Audi já marca sua presença no calendário de lançamentos do Brasil. A enorme atualização da linha já passou literalmente de A1 a R8, e agora chega a uma de suas linhas mais cultuadas pelos entusiastas. Trata-se dos mais novos S4, que se não causam nenhuma revolução visual, receberam uma série de melhorias em requinte e em especial em desempenho, que é o real motivo de sedução desta dupla. Tanto em sedã como perua já estão disponíveis nas revendas, e você poderá conhecê-los neste artigo.
Carros como estes comprovam que o espectro dos carros de luxo apresenta subsegmentos com razões de existência muito parecida às que fundam as categorias dos modelos mais acessíveis. Um exemplo é a categoria que já se pode chamar de “aventureiros urbanos”: eles trazem dos SUVs o visual de porte mais imponente e o melhor preparo para condições adversas mas sem se afastar demais do conforto dos carros urbanos. Se essa receita se aplica aos carros de menor preço, o foco em reduzir os custos converge a modelos como Ford EcoSport, que é um crossover compacto com a base de um hatchback, o Fiesta, ou mesmo a Palio Adventure: a pioneira desses carros no Brasil é uma versão bem modificada da pacata Palio Weekend. Já entre os clientes que não têm problema com dinheiro, a receita original ganha liberdade para ir um pouco mais além, como no caso de VW Passat Alltrack e Volvo XC70: carros deste nível passam a alterações como tração integral de série e suspensão alterada, mas sem abandonar o nível de requinte que faz a fama de suas versões comuns. Portanto, enquanto a versão dedicada à esportividade de um Nissan March não passa de aplicar spoilers e adesivos e focar em oferecer mais itens, a ideia de conciliar vocação para cidade e circuito ganha um matiz diferente para carros como o Audi S4.
Aqui o foco não passa por oferecer acessórios chamativos ou dotar o carro de algum pacote de itens superior porque a proposta destes carros realmente é outra. O S4 aposta na discrição típica de carros de nível mais alto, dedicando-se a itens externos mais comedidos que só mesmo os entusiastas reconhecem com facilidade. A atual fase da linha A4 traz o desenho dianteiro levemente remodelado, com a interessante novidade da iluminação diurna formar um desenho contínuo, em vez da linha pontilhada que até então era a única solução vista. O visual agressivo da grade hexagonal encontra resposta no forte vinco que retira a monotonia da lateral, apesar de que o formato com três janelas e linhas limpas seja típico dos alemães. Já a traseira tem como principal novidade o parachoque: se na dianteira os modelos S trazem entradas de ar mais esportivas, quem lhes vê por trás sabe do nível do carro por causa dos quatro canos de escape. Entre os destaques de uma cabine que exala tecnologia, o sistema Audi Music Interface oferece a qualidade de som Bang & Olufsen, DVD player, conexão Bluetooth e GPS. Também temos teto solar, isolante térmico para os vidros e partida sem chave, além de uma série de equipamentos de segurança.
Tudo isso colabora para criar um ambiente digno dos R$ 345 mil que a Audi cobra pela versão sedã, pomposamente chamada Limousine, e que passa a R$ 350 mil para os interessados na perua Avant. Até agora essa descrição parece condizente até demais com um pacato carro de família, não? Mas se o lado familiar é uma característica da linha A4, basta abrir o capô dos S4 para que a outra parte da frase anterior desapareça. Estes carros trazem a usina de força que atende pelo nome de 3.0 V6 TFSI, e gera potência e torque de 333 cv e 44,9 kgfm. Com o câmbio automatizado S-Tronic e a tração integral quattro, a prova de 0 a 100 km/h se faz em 5s3 para o sedã e 5s4 para a perua, ao passo que as velocidades máximas empatam em 250 km/h por causa do limite eletrônico. Como se não bastasse, o aspirante a piloto ainda pode escolher como desfrutar deste motor através do Audi Drive Select: é possível alterar uma série de parâmetros de dirigibilidade do carro segundo os modos Auto, Conforto, Dinâmico e Eficiência, com o detalhe de que o último permite o interessante consumo em ciclo misto de 10,6 e 10,3 km/l, na ordem. Todo esse potencial só reforça a investida da Audi na faixa inicial dos sedãs de luxo, mas com o enorme diferencial do apelo emocional que a linha S4 possui, eternizada por ícones como o logotipo com fundo vermelho.
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