Já virou praxe para a Chevrolet anunciar uma novidade para breve ao colocar unidades em testes nas vias públicas com disfarces tão pequenos que parecem servir é para chamar a atenção. Com isso, a novidade de agora já deixou de ser segredo há algum tempo. Depois de trazer o Sonic sedã e com pretensão de lançar o três-volumes do projeto Onix em breve, a bola da vez é o que se situa entre eles. A linha 2013 do Cobalt vem para sanar uma das poucas reclamações que ele motivou nestes dez meses de vendas surpreendentes.
Por mais que seus detratores não hesitem em atacar a questão do seu desenho, o Cobalt não demorou a provar que sabe agradar o público que mira. É muito fácil esquecer as linhas um tanto abrutalhadas quando se percebe o porte do carro, que o coloca em perfeita sintonia com a recente tendência de aumentar o tamanho dos sedãs compactos. Todo esse crescimento tem o único foco de privilegiar o espaço interno, que aqui permite levar cinco pessoas sem nenhum aperto. Temos um habitáculo moderno, com linhas que seguem o conceito de duplo cockpit usado por todos os carros mais novos da Chevrolet, e o Cobalt teve direito até a emprestar o quadro de instrumentos do Sonic, cujo desenho tem facilidade em arrancar elogios. O porta-malas de 563 litros abre qualquer sorriso na hora de carregar muita bagagem, e se seu preço não é uma pechincha, ele se vê facilmente compensado pela lista de equipamentos, em especial a da versão de topo, LTZ. E para coroar, ele ainda se vale de todo o renome que a Chevrolet obteve no Brasil, em grande parte vinda dos sedãs – estamos falando da marca que emplacou Chevette, Monza, Opala e Vectra.
Tudo isso já está sendo traduzido em vendas expressivas, porque desde o começo do ano ele já disputa a liderança do seu segmento. O único problema deste carro realmente é o motor. Usar apenas um 1.4 já se mostrava o limite para o Agile, que é o hatchback da marca com porte similar ao Cobalt, então quando se tem um modelo mais pesado e com vocação familiar ele claramente fica subdimensionado. A linha 2013 vem justamente para atender a quem aprecia um comportamento mais vigoroso por parte do carro, porque ganhou a opção do motor 1.8 Econo.Flex. Trata-se do mais que conhecido 1.8 Família II, que depois de aceitar etanol e gasolina e virar FlexPower, dessa vez passou por novos retrabalhos, e agora teve o objetivo de melhorar consumo e emissões. Passou a gerar potência e torque de 106 cv e 16,4 kgfm com gasolina, números que sobem para 108 cv e 17,1 kgfm com etanol. Esse avanço discreto em potência se compensa pelo torque mais expressivo, porque é esta a magnitude que importa mais no trajeto urbano. Por outro lado, o conforto mostra que também foi prioridade com a opção do câmbio automático: ele vem apenas com este motor, e é a moderna caixa de seis marchas que o Cruze estreou.
Quanto aos equipamentos, uma novidade interessante é que a nova versão ganhou certos incrementos visuais. Desde a versão LT temos calotas de desenho mais jovial e um discreto spoiler sobre a tampa traseira, com o preço inicial de R$ 43.690. Já a LTZ (o novo motor terá as mesmas versões do 1.4 salvo LS) começa em R$ 46.990 e adiciona farois com máscara negra, lanternas transparentes e rodas de liga leve diamantadas. O câmbio automático eleva os preços a R$ 46.690 e R$ 49.990, na ordem, e adiciona volante revestido em couro e piloto automático como opcional para a LT e de série para a LTZ. Já o restante dos pacotes de itens é similar às versões homônimas com o motor 1.4, que continuam em linha normalmente. Segundo a Chevrolet, os preços ainda não contemplam o aumento do IPI que, pelo menos até o momento, está previsto para retornar no próximo dia 31. O Cobalt 1.8 também tem garantia de três anos, sem limite de quilometragem.
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